Sobre as sessões:

Toda vez que me perguntam como funcionam as sessões de psicoterapia, costumo contar a seguinte metáfora: “Há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico. Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário. Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado. Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos. Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê. Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais. Todos nós temos um guarda-roupa desses no interior da mente e é importante para nossa saúde mental que frequentemente olhemos para o que andamos guardando lá e experimentemos esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora ideias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia. Aproveite e tire de seu "armário" os hábitos negativas, os relacionamentos “tóxicos”, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento. Talvez você ache coisas que te fazem lembrar de momentos bons, agradáveis; ou coisas que te trazem lembranças ruins, que machucam... Talvez perceba que existem coisas que nunca usou... Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior". Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade. Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor, E que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem. (adaptado do texto de Corrado Spallazani)
E assim é o processo psicoterapêutico: um "arrumar de armário", uma tentativa de organizar melhor seus pensamentos, suas ideias, conflitos, dúvidas. Ao escolher esse caminho, ao escolher fazer terapia, você está optando por se conhecer melhor, entender melhor o que pensa, a forma como age, como enxerga o mundo. Nesse caminho, você irá se deparar com 'coisas' que são suas, 'coisas' que não são suas, 'coisas' que te fazem feliz, e com 'coisas' que talvez você não queria ter encontrado. Mas tudo isso em um ambiente seguro, acompanhado por um terapeuta, cuja função é, entre outras, acompanhá-lo nesse processo, caminhar ao seu lado, observando e analisando as 'coisas' encontradas, apontando e experimentando com você algumas possíveis maneiras de reorganizá-las. O tempo deste processo varia de acordo com a necessidade e o objetivo de cada cliente. Cada caso é único, pois cada um possui suas especificidades. Geralmente, os encontros são semanais, com duração de 50 minuto. Ao final de 12 sessões será feito um ‘balanço’ no qual se reavaliará a demanda inicial, o que já foi trabalho e o que ainda falta ser analisado com mais cuidado. O preço das sessões é flexível, definido durante as entrevistas iniciais, levando em consideração as condições financeiras da pessoa atendida (assim como determina nosso código de ética) e a Tabela Valores de Referência Nacional de Honorários dos Psicólogos estipulada pelos Conselhos Federais e Nacionais.